19/03/2011

Protejamos as nossas crianças




               
             Ação Proteção
            
            Gentem! Ando meio afastada deste blog.
            Mas, é por um bom motivo. Vocês já devem saber que tenho outro blog, de receitas, onde quero colocar todas as receitas colecionadas ao longo de toda a minha vida. São mais de 2200 receitas. haja postagem! Por isso estou postando mais lá do que aqui.

           Mas assistindo a tv, enquanto navego, parei para assistir o comercial sobre abuso infantil e suas consequências e aproveitei para conhecer o site.
           Quando vi o vídeo no site, não resisti e resolvi postá-lo aqui.
           Pena que não está mais disponível.
           Queridos, esse é um assunto muito serio. Só quem acompanhou o crescimento de uma criança que foi molestada pode avaliar o sofrimento e o conflito de emoções que esta criança carrega vida afora. Os danos são terríveis e ouso dizer que só Deus pode restaurar o coração de uma criança molestada.
           O vídeo da campanha é perfeito por que dá uma leve noção da destruição que acontece no mundo da criança que é molestada. Realmente é como se tudo o que a criança conhece e que a faz se sentir protegida fosse sendo destruído pouco a pouco e ela fica impotente, pelo medo e pela falta de apoio ou de saber a quem recorre, já que na maioria das vezes é alguém conhecido ou da própria família quem faz isso.
           O mais terrível é que nós muitas vezes ajudamos este tipo de agressor quando incitamos os nossos filhos a despertarem a sua própria sexualidade antes do tempo.
           Quantos de nós não achamos engraçadinho ver nossos filhos dançando a dança da garrafa, da bundinha e tantas outras danças sensuais?
           Quantos de nós já não brincou de arrumar namoradinhos para nossos filhos ainda bebes?
           Quantos de nós, quando reunidos com amigos, não contou piadas picantes ou falou um monte de "abobrinhas" quando seus filhos estavam por perto e eram pequenos demais para absorverem e analisarem aquilo que estávamos dizendo, separando a brincadeira e
 retendo apenas o que era bom para eles?   Lembrem-se: nós, os pais somos os heróis de nossos filhos. Tudo o que falamos é lei para eles, mesmo quando eles se rebelam contra nós, eles na verdade esperam que nós os protejamos e se sentem seguros quando  damos a palavra final, mesmo que esta palavra contrarie a vontade deles. Digo isso por experiêcia própria.
          Quantos de nós já não ouviu de um de seus filhos: "Fulano está fazendo isso comigo."? E ignorou solenemente a criança porque o acusado era alguém de quem gostávamos muito e respeitávamos?

          Queridos, o assunto é serio demais. E eu confesso que já me vi em algumas destas situações.

          A Biblia diz que "Os filhos são herança do Senhor, e o fruto do ventre o seu galardão." Salmo 127:3. Qual de nós desprezaria uma herança ou investiria mal o tesouro que recebeu?
          Então por que tratar os nossos filhos como cidadãos de segunda classe, que nós podemos abusar, desproteger, ignorar ou negligenciar a sua educação?

          Existem dois tipos  básicos de molestação: a agressiva e a sedutora. Não vou falar de detalhes da agressão, mas da abordagem.

          A agressiva e a sedutora. 
          A agressiva é aquele em que a pessoa não cria nenhuma ligação mais pessoal com a criança. Ele simplesmente a toma e agride.

          A sedutora é aquele em que se criam laços emocionais com a criança ou, pior ainda, quando já haviam laços emocionais porque se tratava de uma pessoa conhecida e querida pela criança.
          Este é o pior tipo, sem sombra de dúvida. 
         O primeiro é extremamente agressivo, sem dúvida. Mas na maioria das vezes o agressor desaparece da vida da criança e a raiva e a dor explodem fazendo com que a criança possa elaborar melhor o que aconteceu apagando o passado, curando as feridas e se reerguendo com dificuldades, mas mais facilmente do que a vítima do segundo tipo de agressão.

         O sedutor cria uma teia fortíssima em torno da criança e é muito mais difícil para ela se libertar e seguir em frente. Geralmente esta criança se torna um adulto ou agressivo ou retraído ou sarcástico. E os valores familiares passam a ser alterados, principalmente se o agressor é alguém da família. Este adulto passa a viver um conflito interno em que não consegue enxergar mais o pai, tio, primo, avô como tal. Para este adulto, muitas vezes este parente não é mais um parente, é o primeiro amor. E amor proibido, pelas leis dos homens e pelas leis de Deus.
          Sinceramente eu detestaria viver este conflito. 
          Porque na pedofilia sedutora, permitam-me usar esta expressão, há prazer e há uma ligação emocional muito forte. Já havia a ligação emocional forte, por se tratar de alguém que compartilhava da intimidade da família do menor. E há uma ligação emocional mais forte ainda, criada pela intimidade com o agressor e com o prazer muitas vezes dividido com este agressor. O adulto perde a noção de "família". Teoricamente ele sabe o que é um pai(mãe), um tio(a), um irmão(ã), um avô(ó), mas ele é incapaz de sentir um amor de filho(a), sobrinho(a), neto(a), porque o amor parental foi apagado e substituído pelo amor-paixão, carnal e emocional.

          Não sou puritana, não acho que temos que ser severos, secos e sem humor.
          Mas vamos dosar o que dizemos ou fazemos, principalmente se nossas crianças estiverem por perto.

          Vamos ficar mais atentos aos nossos filhos, sem neurose, mas com um cuidado extremo de quem os quer saudáveis e felizes.

          Vamos refletir sobre as brincadeiras que fazemos com eles, se estas mesmas brincadeiras não irão despertar neles um lado que deve ficar adormecido por mais alguns anos.
          Vamos permitir que nossas crianças sejam crianças pelo tempo em que elas ainda devem ser crianças. Não vamos precipitar o amadurecimento de nossas preciosas crianças.

          Nós conhecemos muito bem os prejuízos nutricionais do amadurecimento artificial de frutas e legumes. A perda de potencial nutritivo e sabor é imensa.

          Já passou da hora, mas ainda não é tarde demais, de pararmos para pensar nos prejuízos emocionais que provocamos em nossos filhos ao forçarmos o amadurecimento deles, seja o sexual, seja o psicológico, seja o físico.

          Chega de mutilarmos os nossos filhos forçando um amadurecimento precoce. Um dia a conta chega.

          Protejamos as nossas crianças!!!!!! 
          Nossos netos, e nossos filhos, agradecerão.

                              Gisele Vas Fi

4 comentários:

  1. Você está coberta de razão! Amei seu artigo e, seu blog é um show!!! Parabéns!! Beijos, querida.

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    1. Obrigada, Zangela. Pela visita, pelo elogio ao post e ao blog. Muitas vezes nos esquecemos que a mudança está em nossas mãos, né?
      Bjs, minha amiga.

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  2. Pois sim, passo para deixar abraços e dizer que para se ter um futuro de qualidade é sim necessário proteger nossas crianças.
    E vou já passar pelas tuas receitas...

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    Respostas

    1. :l Ola, minha querida. Amei a visita e o comentário. Como o filme deixa claro os menores buscam apoio nos maiores e nos pais.

      Sinta-se em casa, tanto aqui, quanto no Receitas ou no Recriarte. Bjs.

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